Aos 29 Poem by Bernardo Almeida

Aos 29

Declina e pára
Mas segue a todos nós
Amigos nas ruas
De intentos freqüentes
Delirantes, palpáveis
Insurgentes
Temperamentos frágeis
Negligentes, porém
Hábeis
Atrasados e taciturnos
Temos tantos de outros nós
Esperando para entrar
Em cena - tudo não passa
Sem que a porta bata
Para sempre - mesmo que não exista
Antes, acreditemos
Ora, aqui estamos
E já perdidos nos vemos
Sem eira, nem beira, nem eixo
Fora - não necessariamente excluídos
Mas, fora
Por ser a exceção menos especial
Que flui inevitavelmente
Independente
Através de...
Muito antes de qualquer coisa espelhar
Todo o mundo
Sem brilho, irritante
Estagnado e débil
Descrédito no que há
É confiar que algo novo nos espera
E surgirá
Porquanto não pudermos mais,
Em indiferença,
Nos suportar
- Brindemos!

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