ESPECTROS Poem by Gastão Cruz

ESPECTROS

Restas Dentro da
luz nascido
erraste nas areias que
foram para ti o universo Estás
em tempos diversos onde a ave

que sobrevoa agosto até ao
extremo já não te vê e tu
não podes ver
as asas que te queimam
Mas a vida descobre-te sozinho

tropeçando na carne dos
espectros E tu
restas
Essa luz é
o nada A praia já entrou

no verão
infinito A aurora eterna
expulsa-te Mas
restas A memória
interpreta-te és a

vítima do dia que te recusa
e exibe Nessa
luz da origem
sobrevives
interrogando o corpo incorruptível

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