Finalmente A Sós Poem by Ernesto Rodrigues

Finalmente A Sós

Que sítio ermo e sombrio
que densa escuridão
onde me encontro retido
e me pressinto de corpo aberto
na janela do teu olhar

Reinvento remotas quimeras
de utopias silenciadas
folheio o livro circunspecto
devoro páginas sôfregas

Que me obrigam a revelar
todo o peso do mundo
que desliza pelos meus ombros
e se esconde na tua presença
mesmo defronte do teu olhar

A tua veia alquímica
desde o príncípio dos tempos

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