Ó vós que sois mais
E dizeis que falo demais,
Sou amoral e falo da solidão
Do resultado, Nacl+, vida que me dão
Base de nada e de tudo o mais.
Pois nada ouço da alegação
De que afinal, com vosso escopo,
Me alegrais.
Categoria: falso.
Jamais.
Por onde ando não vos informo
Essa a base de ser o eu deformo,
Pois tudo são polissemias,
E vós me outram estes dias
E absorvem minhas simples alegrias
Devolvendo mefistofélicas poesias
Escritas sem serem,
No virar das incertezas
No vale das faculdades,
Esmagadas, torturadas e presas.
(a propos do Dia 17/11/2020 e de Miguel Torga, Diário,1973, primeiras páginas)