O meu pranto
Agulha
Foi teu manto
Ou guia
Lua fora da lei
E da linha - o fim
É fim da linha
O meu pranto
Desértico
É rua e rosna atravessado
Como uma puta
Astuta
Irmã da escuridão
Em morte pré-matura
Dura, mas sofre um bocado
O meu pranto
É vala
E estoura
A boca torta
Do silêncio mudo que cala
Covarde
Invade, invade e evade...
O meu pranto
É donativo seu
Avante, tortura!
Luva, caindo como
Uma pena
Sobre a minha surdez
Caridoso destempero
Em podre ternura
É donativo seu
Também a candura
Avante, tortura!
Pior tontura
É a loucura de amanhecer
Pendurado em seu
Guarda-sol
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