Mercadoria Poem by Rafael Puertas de Miranda

Mercadoria

Rating: 5.0

Nestas eras de sonhos mortos,
só quimeras enlatadas
animam parcialmente
espíritos duvidosos e
vazios, produtos.
Todos são cada vez menos,
mas as marcas ainda são as mesmas...
O tempo inexiste em ócio,
a carne é sabor angústia,
o carrasco é o ponteiro do relógio
e há recreio de bílis,
que mais ácidas,
derretem até a lógica.
E quando, iluminado pela lâmpada de Mercúrio,
encontro o meu cansado reflexo
em espelho sujo,
espumando saliva fria,
reclamo o rótulo
que me falta,
consumindo-me grátis,
mercadoria.

POET'S NOTES ABOUT THE POEM
Poema publicado em Portugal:
Jornal Mudar de Vida - nº 08. Lisboa, Junho de 2008, p.15.
Poema publicado no Uruguai, Cuba, Chile e Argentina:
Livro: Letras Intimistas (poemas y poemas en prosa)
ISBN 978- 9974-8082-4-9/2007.
Poema publicado na antologia do Autor:
Rinoceronte em Cápsula*, Oficinas de Artes Gráficas do Invisível S.A., Mogi das Cruzes: SP,2011, p.8.
*Disponível para download grátis em:
http: //www.4shared.com/document/Tw-aglER/Livro_Rinoceronte_em_Cpsula_de.html

Facebook:
https: //www.facebook.com/poetarafaelpuertasdemiranda
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Rafael Puertas de Miranda

Rafael Puertas de Miranda

São José dos Campos - SP
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