POSTO DE GASOLINA Poem by Carlos de Oliveira

POSTO DE GASOLINA

Poiso a mão vagarosa no capô dos carros como se afagasse a crina dum
cavalo. Vêm mortos de sede. Julgo que se perderam no deserto e o seu destino é
apenas terem pressa. Neste emprego, ouço o ruído da engrenagem, o suave
movimento do mundo a acelerar-se pouco a pouco. Quem sou eu, no entanto, que
balança tenho para pesar sem erro a minha vida e os sonhos de quem
passa?

COMMENTS OF THE POEM
READ THIS POEM IN OTHER LANGUAGES
Close
Error Success