Jornada Poem by Carlos Aragao

Jornada

Pelas pontes persigo meus sonhos,
Caminhos antes percorridos,
Mares antes tão alegres,
Onde os tenho perdidos....

Pequenos caminhos,
Matas escondidas,
Um vislumbre de você,
E a dor de uma jornada perdida...

Tudo e lembrança e pavor,
Com o vislumbre do que seria este amor,
Agora me resta um labirinto,
Onde não existe calor.

A desesperança de sonhos perdidos,
Uma dor perene, um não ser...
Uma incerteza do agora,
Uma alma perdida que chora...

Lugares tão lindos me encontro,
Poemas tão tristes desatam,
Incertezas tão frias e vazias,
E certezas tão tristes me afastam.

Tão mais fácil seria viver na mentira,
Nessa tua falsa utopia,
Mas a verdade nos condena a saudade,
Deste sonho melancólico perdido na realidade...

E a realidade do que nunca fomos,
Me condena...
A esta busca perpetua de uma razão...
...por viver escravo de uma ilusão.

Eu que já não sonho,
Que já não creio,
Elevo-me de minha tumba,
Num anseio.
De um dia poder despertar,
Deste labirinto sem fim e sem cor...
Em que me jogaste com tuas mentiras e teu desamor.

Em desespero me justifico,
Sabendo que viver o agora
E nada mais que simplesmente ser...
Que caminhar sem grilhões e impossível,
Condenado pela verdade de te saber.

E mesmo assim, te vejo nos mares,
Nas pontes, nos olhares...
E sonhando minha alma não te esquece,
E segue chorando....
....todas as lagrimas que não mereces...

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