Bum, bum, bum! Assim se declarava o fim da minha liberdade
Com uma melodia estrondosa, que esmagava os meus tímpanos
Bum, que medo! Já no terceiro bum perdia o fôlego a décadas atrás
Bum! Que magoa, sem vontade p’ra nada
Lágrimas choviam torrencialmente dos meus olhos castanhos
Já se via charcos no meu coitadinho rosto, que pena!
De corpo esmagado, ali eu estava, sem forças
Sentia minha alma me abandonando a cada segundo da vida
Distanciava-se de mim como se estivesse morrendo
Ah! Que milagre, ainda respiro o ar puro da natureza
Tombado no chão, me falta alimento p’ra fortificar-me
Meu corpo está fraco, sem forcas, mas tenho de lutar
Sinto a presença de alguém como se fosse um anjo
Me protegendo, cheio de fé e esperança
Um novo dia veio, com uma luz brilhante irresistível
Ah! Que alegria, lutei e venci o inimigo, agora estou livre
Me sinto como se estivesse numa liberdade condicional
Me falta terra firme p’ra pousar a minha imagem assustadora
A terra está farta de minas do inimigo, Bum!
Perdi fatias de mim na guerra pela liberdade.
This poem has not been translated into any other language yet.
I would like to translate this poem