Neni Poem by Julio 2 Amarante

Neni

Caminho no precário equilíbrio de não cair
E passar a estratosfera e morrer na espera.

Milagres, diário eremita, Saudita heterodoxo,
Um coxo não se define pelas pernas,
Assim como os copos não têm pegas
E as canecas com vaquinhas todas quebradinhas
Remetem a reminiscência parasita
Para os undone do passado servido de prato rachado
Sempre repristinado, passado malvado, futuro desalento, instante momento
Um provento de sagacidade
Alusão como aluvião
Que desce o Volga da revolta do rebelde
A conformidade o medo e a cidade,
O campo, o céu os daffodils mils.
Campos, horizontes de salgueiros vergados
Restolhada imaginada que aqui não se faz nada
Recita-se a poesia do outros assassina-se a nossa,
Nado morto, verso torto,
E caminho sozinho sem dinheiro para comprar vinho, broa e azeitonas
E as gargalhadas ecoam
E as atitudes destoam
Os ditos findam na raiva da indiferença que é minha registada pertença
Condição de oponibilidade a terceiros
Oponho a certeza do meu amor,
Maior do que tudo o que me puderem opor
Amor sem objecto, à toa à espera do porto
Recorrentes caís demolidos, horizontes perdidos?
Sim e não, não voltem iguais, troquem-se com os demais
Que eu saí, piso o caminho das pedras, vereda do que te quebras.

Quando o verão chegar estarei invernal e descolorido.
Na rotação da galáxia, isso está decidido.
Se é uma outra falácia, não digo.
Pensem vcs, cabeças de bagre, batina de padre
Plenas de citações, vazias de amor excepto o amor normal.
Não tenho nada normal normalmente para amar
Estou no espectro de Asperger?

Neni, my specter is a ghost of the cosmic to nanoscale,
A real gale, do you inhale?

Neni
Monday, September 2, 2019
Topic(s) of this poem: confessional
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