Sorverte Poem by Carlos Aragao

Sorverte

E de repente,
Por um vento qualquer,
Te vejo ao meu lado,
Nao por hoje, ou por qualquer dia...

Nem pelo frio,
ou por qualquer dor ou prazer,
Ou sequer,
pela noticia.....

Porque te vejo ai...
desde sempre....
como nunca e sempre has sido,
meu final.

Entre o querer e ter,
....nestes jamais.....

Te vejo como caminho,
rota ou sina,
sem saida,
e sem patrao...
...entre muitos prazeres,
perdidos entre os sabores,
de arroz e feijao...

Te tenho, num mesmo espelho,
num reflexo de terror,
em toda uma vida de pecado,
...numa morte facil...
entre ilusao e paixao.

E te perco, agora e sempre,
entre abismos que nao entendo,
num sono profundo
entre o verde e o lilas,
entre sombras,
Que nao estas....




E te quero,
Tao perfeita e tao segura,
Que nao te tenho,
nem no hoje, nem no nunca.

E te vejo respirar,
todo um mundo,
de cinzas e culpas,
(numa ponte, entre mares e rios)
Numa vila,
entre beijos tao frios......

Aos quais nao tenho,
nem forcas, '
nem desejo,
de participar.

Nos vemos por ai,
Nesse mundo tao pequeno,
Que nos gira e nos comanda,
entre sonhos e finais felizes.....

E somos quase perfeitos,
(se pode negar?)
Poque bailamos,
Entre o ser e o estar.

Mas mesmo neste baile,
Vivemos a luta,
Elegemos a vida,
Como ultima fruta,

E seguimos felizes,
Num sem sentido viver,
dividindo sorrisos.....
Entre dor e prazer.

E nesta vida,
em que carrego o pecado,
de nao pertencer,

Te tenho aqui,
como ultima chance,
como aposta perdida,
em desespero de ganharte,

Nao por merecerte,
Somente nao posso viver,
sem a ilusao de sorverte.

COMMENTS OF THE POEM
READ THIS POEM IN OTHER LANGUAGES
Close
Error Success