Só! - Ao ermita sozinho na montanha
Visita-o Deus e dá-lhe confiança:
No mar, o nauta, que o tufão balança,
Espera um sopro amigo que o céu tenha. . .
Só! - Mas quem se assentou em riba estranha,
Longe dos seus, lá tem inda a lembrança;
E Deus deixa-lhe ao menos a esperança
Ao que à noite soluça em erma penha. . .
Só! - Não o é quem na dor, quem nos cansaços,
Tem um laço que o prenda a este fadário,
Uma crença, um desejo. . . e inda um cuidado. . .
Mas cruzar, com desdém, inertes braços,
Mas passar, entre turbas, solitário,
Isto é ser só, é ser abandonado!
This poem has not been translated into any other language yet.
I would like to translate this poem