Crédulo,Idiota, Inimigo. Poem by Julio 2 Amarante

Crédulo,Idiota, Inimigo.



No kin nor limit to the risk
No plan, no swan to seduce
No way, nor hope to reduce
Except for the spirit of the beast.

Crédulo, Idiota, políglota
Um idiota com sorte
Querem partir espelhos
Esperar até velhos já esperamos,
Que me digam então onde vamos

De qual lado estamos
Qual a Ascensão reta
Qual a declinação
De toda esta traição.

Esta camisa de forças
Esventradas corças
Sangue na floresta
Veneno nesta festa.

Sem agarrar o antídoto
Meu amor já te esqueci
E toda a noite que dormi
Acordei noutra era,
Heródoto
Hesíodo,
Já não quero abrir os olhos
Séneca, Marcus Aurélius,
As lições que me deram eu dei
E ó, porque afinal, traído, acordei
Tão só tão humilde, nunca chorei.

Já nem me abraço nesse embaraço
De ser eu e esta vida de cansaço.
Sem abraço sem peito, sem regaço.

Crédulo,Idiota, Inimigo.
Friday, November 20, 2020
Topic(s) of this poem: refugee,tragedy
COMMENTS OF THE POEM
READ THIS POEM IN OTHER LANGUAGES
Close
Error Success