Meus amigos estão morrendo
Estão sentindo onde ninguém sente
Estão engolindo o que ninguém engoliria
Estão se arrastado o chão dos que os exploram
Meus amigos talvez
Nem saibam que são meus amigos
Porem eu sei
E é isso que, amanha há de ser reconhecido.
Meus amigos gritam
De desespero no meio da noite
Dentro de um potinho sem oxigênio
Não preciso nem dizer,
Ninguém ouviu.
Pelo contrario, de manhã os chutam
E resmungam com suas vozes endinheiradas
Encravando mais uma faca o peito da sensibilidade
Por causa do veneno da cobiça
Que provoca a escassez.
Essas cabeças impermeáveis e esses desejos cruéis
Certamente me fazem gritar junto com meus amigos
Mas continuamos sozinhos
Por causa das muralhas do ódio.
Meus amigos, sei que vocês gritam
E estou gritando também
Como já disseram
Amanha há de ser outro dia.
Não desistam da luta
Dêem as mãos e levantem-se
Pois vocês
São a voz muda que transborda de sabedoria
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