Nem Coordenadas, Nem Nada, Não Há Para Ti... Poem by Julio 2 Amarante

Nem Coordenadas, Nem Nada, Não Há Para Ti...

Uma ideia corriqueira numa corredeira,
Entre a inteira,
A verdadeira ideia
De morrer agora,
O instante de tempo entre o intento e o fato consumado,
Vai um imenso instante onde nada existe,
Senão a inata sobrevivência,
Que nos quebra,
O corpo desiste,
Tola ideia persiste.

A mente arrependida, dizendo
De si para si, aqui nada há para ti
A não ser dôr, vigilância e abuso,
Um controle escaleno, obtuso.
Tudo o que não sofrerias no chão,
Orientado para o intento, seu cão.

Iludes-te há já longo, oblongo.
Não há senão geometrias exóticas nessa ilusão.

Tu, cão, que bem sabes que o fio é da navalha
A tralha tua, a rua nua,
A espera curta, canalha!

Nem Coordenadas, Nem Nada, Não Há Para Ti...
Friday, November 20, 2020
Topic(s) of this poem: life and death,social behaviour
COMMENTS OF THE POEM
Bjpafa Meragente 20 November 2020

As death as that beautiful girl, after an instant, aren't we all? Does the Universe or Destine laughs? Human superbia. Silence, as in Bethoven's Silence from E. Cortazar...Thank you for the photo of what have been....

0 0 Reply
READ THIS POEM IN OTHER LANGUAGES
Close
Error Success