Semnome3. Poem by Priscila Gonçalves

Semnome3.

Meus olhos, não mais profundos
Refletem a brisa que sopra para o lado contrario
Tudo mudou tanto...
Olho para dentro de mim mesma
Deparo-me com um imenso e perturbante vazio
Será isso para sempre?

Pela primeira vez me flagro a contestar o porquê de pensar demais
O porquê de sempre acabar em uma pergunta
Que se esconde, mas logo volta com outras mais...
E me faz sentir angustia de certa forma

Todos ao redor me olham, mas não me enxergam
E goles profundos de anestesia,
Já não me atraem mais
Quero me levantar, mesmo que seja para cair.

Ao mesmo tempo, a certeza de que não tenho forças agora
Faz-me sentir uma espécie de tristeza sarcástica
Um sorriso doído, um grito amargurado
E estou aqui após instantes
Sentindo a vida do jeito que eles não sentem
Minha vida tem sido apenas um ciclo desconhecido
Sou assim, um objeto, uma escada a olhos alheios

Sorrisos fúteis fazem com que o vazio aqui dentro arda
Não me sinto única, sinto-me discriminada, culpada e sem direitos
Sei que não devo desistir
Mas estou refletindo meus sentimentos involuntários
Preciso de ajuda...
Porem ninguém é como eu

Talvez eu tenha me transformado numa substancia que deu errado
Talvez eu viva em outro mundo
Talvez eu tenha me esquecido como viver
Talvez tudo perdeu a graça...e não encontro amor.

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