TERCEIRAS MORADAS (11) Poem by António Franco Alexandre

TERCEIRAS MORADAS (11)

acordados, virão
perguntar por que presságio, que desleixo
ficou esta mão gravada
em precipício de pedra;
Rito de caça? promessa
de chuvas além-terra, aonde o manto

da inteira solidão se desvanece?
Talvez, da ignorância, tenha feito
a mais precisa forma de memória. Ou me baste
essa visão de enganos, quando o vento sopra
mais forte no rumor da bicicleta;
ou seja o crânio, à pressa encomendado,

a peça no relógio que faltava,
a letra a mais na terra, que ao farol nos guia.

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