Mesa Farta Poem by Bernardo Almeida

Mesa Farta

À mesa, refeições e olhares
Cada um com o seu
E cada seu com o meu
Não havia privacidade
Estalavam garfos e facas
Permutavam sensações e agonias
Um deles engasgou com um pedaço de verdade
Contra a sua vontade, desceu
Estava só na simulação
Outro, pediu desculpas
Alguém levantou sem se fartar
Quem estava à cabeceira fez o mesmo
Aos poucos, a mesa estava vazia
Apenas eu e o banquete
As sobras como prêmio
Por ter resistido até o fim

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