Lira Romantiquinha - Carlos Drummond De Andrade Poem by Flavio Ferrel

Lira Romantiquinha - Carlos Drummond De Andrade

Por que me trancas
o rosto e o riso
e assim me arrancas
do paraíso?

Por que não queres,
deixando o alarme
(ai, Deus: mulheres!) ,
acarinhar-me?

Por que cultivas
as sem-perfume
e agressivas
flores do ciúme?

Acaso ignoras
que te amo tanto,
todas as horas,
já nem sei quanto?

Visto que em suma
é todo teu,
de mais nenhuma,
o peito meu?

Anjo sem fé
nas minhas juras,
por que é que é
que me angusturas?

Minh'alma chove
frio, tristinho.
Não te comove
este versinho?

COMMENTS OF THE POEM
Gregory Collins 22 May 2008

if only i was born in Itabira, ah this poet's unusual capacity for sympathsizing

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